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PROFISSIONAIS DO RAMO DESTACAM BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DO DRYWALL

Atualmente, é possível identificar os filmes campeões de bilheteria nos cinemas pelo número de explosões, tiros e perseguições automobilísticas em cada um deles. Sucessos como ‘Os Vingadores’ deixam os espectadores até atordoados, tamanha a intensidade dos ruídos provocados ao longo das projeções. Daí surge um enorme desafio: como fazer com que os estrondos decorrentes do martelo do Thor ou das engenhocas do Homem de Ferro não sejam detectados na sala ao lado, onde casais apaixonados devoram seu balde de pipoca durante o novo romance água com açúcar estrelado por Sandra Bullock?

Como se sabe, um bom isolamento acústico depende de uma série de fatores. Todos os materiais usados na construção (paredes, pisos, tetos e outros) têm a sua parcela de contribuição para a paz de quem não está muito interessado nas sagas dos super-heróis e semelhantes. Mesmo nesse conjunto, um elemento vem ganhando mais espaço a cada dia: o drywall.

“É um produto diferenciado que, associado à lã de vidro, traz um grande resultado”, explica Verônica Mattos, Gerente de Construção da Cinépolis – maior operadora de cinemas na América Latina e a segunda no mundo. Segundo ela, a solução vem sendo adotada pela rede em todo o mundo, graças ao baixo peso, à velocidade de execução e versatilidade.

Outro ponto importante que os cinemas levam em conta é o conforto acústico propiciado para quem está dentro da sala, de modo que cada efeito sonoro seja bem percebido, sem atordoar o espectador. Verônica lembra que um dos diferenciais da rede onde trabalha é justamente a impressão sonora superior proporcionada, sobretudo, em salas especiais, como as que projetam filmes em 4D. Para atender a essas necessidades, o drywall também contribui de maneira decisiva.

Domando as guitarras

Não são apenas os cinemas que trazem grandes desafios aos engenheiros acústicos. Casas de shows também exigem muita perícia técnica. Afinal de contas, enquanto jovens batem cabeça em apresentações de heavy metal, por exemplo, as pessoas que estão do lado de fora desejam tudo menos ouvir a fúria das guitarras em ação. E mais: quem está dentro do recinto preza pela boa percepção de cada nota sendo executada pelos músicos, algo possível apenas com qualidade acústica.

Marcos Holz, Sócio Diretor da Harmonia Acústica, lembra que, em casas de shows, um dos desafios é o isolamento de baixas frequências. “Estas são um dos principais causadores de incômodos neste tipo de edifício”, explica. Outro ponto importante é a execução da obra. “O isolamento acústico pode ser muito reduzido por pequenas imperfeições”, diz.

O profissional não esconde a sua admiração pelo drywall. Ele lembra que o fato de o sistema ser industrializado permite ao projetista mais segurança e previsibilidade do resultado. Além disso, é formado por elementos modulares, trazendo a possibilidade de se alterar o tamanho da cavidade, número de placas de cada lado e a utilização de miolo com lãs fonoabsorventes. “Estas opções permitem a utilização de uma grande faixa na qual o projetista consegue aumentar o isolamento acústico por meio da seleção destes elementos”, diz.

Mesmo com todos os benefícios apontados pelos profissionais do ramo, é importante lembrar que o drywall por si não representa um elemento capaz de solucionar todas as questões envolvendo conforto e isolamento acústico. Carlos Caruy, Gerente Técnico da Placo, uma das líderes do segmento de drywall, lembra que o sistema construtivo é parte integrante de um projeto completo. Assim, segundo ele, para a obtenção dos resultados requeridos, é necessário levar em consideração: tamanho do pé direito (que normalmente é muito alto), isolamento de janelas e/ou portas, escolha de pisos adequados, além da disposição de poltronas e outros objetos.

Com um bom projeto e dispondo do material adequado, explosões, perseguições automobilísticas, guitarras em fúria e todos os outros sons ficam em seu devido lugar, para alegria de quem está dentro e fora de cinemas e casas de espetáculo.

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